Grupo 'Guardiões do Crivella' tem integrantes do alto escalão da Prefeitura do Rio
Entre eles estão números registrados como sendo do próprio prefeito Marcelo Crivella, da secretária Municipal de Saúde Beatriz Busch e do ex-secretário de Ordem Pública Paulo Amêndola, atualmente presidente do Instituto Pereira Passos.
Por Ben-Hur Correia, RJ1
01/09/2020 13h32
No grupo de WhatsApp"Guardiões do Crivella", exposto durante reportagem especial do RJ2, estão nomes da cúpula do Governo Municipal.
Nele, é possível ver números registrados como sendo do próprio prefeito Marcelo Crivella, da secretária Municipal de Saúde Beatriz Busch e do ex-secretário de Ordem Pública Paulo Amêndola, atualmente presidente do Instituto Pereira Passos.
Há registros ainda de números do secretário municipal de Cultura Adolfo Konder e da jornalista Valéria Blanc, assessora que faz a interlocução do prefeito com a imprensa.
Outros nomes que constam no grupo são:
Marcelo Marques - Procurador-geral do município;
Paulo Mangueira - Presidente da Comlurb;
Margareth Cabral - Chefe de Gabinete do prefeito;
Airton Aguiar - Presidente da CET-Rio;
Paulo Albino - Secretário Especial do prefeito;
Flávio Graça - Superintendente de Educação a Vigilância Sanitária.
Nas mensagens às quais o RJ1 teve acesso, não foi possível ver a manifestação de nenhuma dessas pessoas.
Após a reportagem do RJ2, muitos começaram sair do grupo.
Apontado como responsável pelo grupo, Marcos Luciano escreveu:
"Gente, não é para sair do grupo. Nunca houve nada de errado aqui".
O RJ2 revelou nesta segunda-feira (31) um esquema montado com funcionários comissionados para fazer plantão na porta dos hospitais municipais do Rio, atrapalhar reportagens e impedir que a população fale e denuncie problemas na área da Saúde.
A organização tem escalas diárias, horários rígidos e ameaças de demissão.
Resumo
A reportagem mostrou que:
por grupos de Whatsapp, funcionários comissionados são distribuídos por unidades de saúde municipais para fazerem uma espécie de plantão;
em duplas, eles tentam atrapalhar reportagens com denúncias sobre a situação da saúde pública e intimidar cidadãos para que não falem mal da prefeitura;
O RJ teve acesso ao conteúdo dos grupos e viu que, após serem escalados, eles postam selfies para dizer que chegaram às unidades;
um dos funcionários aparece em várias fotos ao lado de Crivella e tem salário de mais de R$ 10 mil;
quando conseguem atrapalhar reportagens, eles comemoram nos grupos;
a prefeitura não nega a criação dos grupos e diz que faz isso para 'melhor informar a população.
Informações completa no G1 RJ1
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