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GDF: o fogo amigo que frita o governador Ibaneis

 

GDF: o fogo amigo que frita o governador Ibaneis

Por Mino Pedrosa

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB-DF), tem muito com que se preocupar. O fogo amigo alimentado pela vaidade e a deformação de caráter pode levar para a forca o jurista temido pelo seu forte trânsito no judiciário, mas, pouco entendedor das armadilhas plantadas por “fiéis” escudeiros. O ex super secretário Valdetário Monteiro foi vítima de uma arapuca que o motivou a saltar do barco quando comandava sozinho grande parte do governo como um homem testa de ferro do governador.

O cearense Valdetário, três vezes presidente da OAB, nascido na mesma data e ano do piauiense Ibaneis Rocha, foi convidado a assumir a chefia da Casa Civil do GDF com autonomia para comandar todas as secretarias. A partir daí começaram as ciumeiras de alguns com a prática de abraço de urso.  Mesmo assim Valdetário com o jogo de cintura foi tocando o governo até perceber que sua rédea incomodava velhos profissionais da política.Um episódio marcante que fez o advogado se arrepender de ter aceitado participar do executivo foi quando retornava para sua residência após um dia estafante de trabalho, sendo obrigado a morar em um flete por causa da pandemia do novo coronavírus, haja vista, que sua esposa faz tratamento muito delicado por conta de doença crônica. No caminho o marido dedicado munido de receita médica, comprou trinta caixas do medicamento usado por sua mulher e que é difícil de ser encontrado. Porém, antes mesmo de chegar a sua residência, um acidente danificou uma roda do seu veículo impedindo-o de seguir adiante. Como já estava próximo de casa estacionou seu veículo e seguiu andando.

Ao amanhecer do dia seguinte, voltou ao veículo para solicitar um guincho e leva-lo para uma oficina mecânica. No entanto, ao se aproximar viu uma viatura da polícia militar encostada ao carro. Os policiais o indagaram se era ele o proprietário do carro, pois, precisavam fazer uma busca no interior do veículo. De pronto o então chefe da Casa Civil abril as portas do carro. Os policiais começaram a busca, encontraram as caixas de medicamento e questionaram pela quantidade. Valdetário então justificou que se tratava do medicamento de sua esposa e que também na pasta havia uma quantidade expressiva de dinheiro em espécie, mas, que estava declarado no seu imposto de renda e convenceu os policiais. As recomendações dos médicos que acompanham sua esposa é pela proibição de dinheiro em casa por se tratar de um dos maiores focos de contaminação.

Ainda durante a abordagem da Polícia Militar chegou também uma delegada da Polícia Federal dizendo que recebeu um comunicado de que um veículo transportava uma quantia alta de dinheiro em espécie. Diante disso, Valdetário repetiu a explicação para a delegada e mostrou um comprovante de seu imposto de renda que convenceu também a delegada.

A delegada se retirou do local ficando apenas a PM e Valdetário pediu ajuda aos policiais para que os orientassem sobre onde havia uma oficina mecânica mais próxima. O chefe da Casa Militar então foi em casa pegou o carro de sua esposa e se dirigiu para a oficina. Ao chegar foi surpreendido por um telefonema muito cedo. Era o governador Ibaneis Rocha que o indagou o motivo de Valdetário andar com tanto dinheiro dentro do carro sendo abordado por policiais. Indignado com a pergunta Valdetário disse que os recursos eram seus e que possuía comprovantes. Disse também que havia retirado de sua residência por orientação dos médicos que acompanham o estado de saúde de sua mulher. Ibaneis então insistiu perguntando por quê Valdetário não chamou o secretário Anderson Torres para resolver com os policiais. Valdetário então respondeu que não viu necessidade porque o dinheiro era lícito e declarado. O governador então desligou o telefone.

Indignado Valdetário se dirigiu a residência do governador e após justificar novamente para Ibaneis sobre a legalidade da quantia que transportava, perguntou quem havia comunicado ao governador tão rápido. O governador insistiu que Valdetário teria que ter procurado Anderson Torres para resolver a questão. Então Valdetário perguntou: quem lhe comunicou tão cedo de uma coisa que ninguém sabia.? Então Ibaneis revelou que havia sido o próprio secretário de segurança.

Valdetário então resolve deixar o governo e já como ex secretário sofreu um mandado de busca e apreensão pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), onde está sendo apurado um inquérito relacionado a TV União que estava em processo de contratação para executar o programa de ensino a distância que substituiria a internet por conta dos alunos que não possuíam dados móveis.

Ibaneis havia dado ordens para dar celeridade e viabilizar o processo com urgência. Valdetário então entrou em contato com a secretaria de justiça para formalizar a contratação da empresa. Mas, os telefones das secretarias estavam grampeados com autorização judicial e em uma fala entre Valdetário e a secretária de justiça foi interpretada pela polícia como sendo suspeita de favorecimento para a TV União. Diante disso a juíza que cuida do inquérito determinou a busca e apreensão se baseando neste diálogo. No inquérito o pronunciamento da juíza diz que na dúvida de ilicitude fosse cumprido os mandado das buscas.

Na tarde desta terça-feira (13) no Palácio do Buriti começou-se nos bastidores os comentários de versões a respeito do episódio, entre eles o que Consta na Casa Militar um relatório confidencial que ratifica as explicações de Valdetário. Porém, o fogo amigo em Brasília já havia feito Ibaneis perder o amigo de décadas. Contudo, as labaredas não queimam só os secretários, ao subirem já estão chamuscando também o governador Ibaneis Rocha.

Como em todo governo não se deve nomear quem não pode ser exonerado, no de Ibaneis não poderia ser diferente e o secretário de segurança pública, Anderson Torres, hoje é certamente o secretário mais poderoso no Governo do Distrito Federal

As informações completas: https://quidnovibrasil.com/fenix-do-planalto/2020/44705/


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