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Lázaro havia feito um pacto com o diabo, diz povoado onde cometeu seus primeiros crimes

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Divulgação 

A saga dos primeiros crimes do assassino Lázaro Barbosa Souza, 33 anos, aconteceu quando ele tinha 19 anos, no povoado onde morava, na cidade de Barra do Mendes, região noroeste da Bahia. O matador baiano, que vem sendo caçado há seis dias pela polícia do Distrito Federal, fez suas primeiras vítimas em 2007, quando perseguia uma garota por quem havia se apaixonado. Dois trabalhadores rurais tentaram ajudar a moça e acabaram mortos. Nas redes sociais, o baiano está sendo chamado de “serial killer do DF”.


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À época, Lázaro passou quase 15 dias escondido numa serra enquanto policiais tentam capturá-lo. A capacidade de ele se esconder, aliada à violência dos crimes, criou um boato na cidade de que Lázaro havia feito um pacto com o diabo. Sendo verdade ou não, a Polícia Civil informou que o acusado do duplo homicídio foi preso na ocasião do crime, após se apresentar na delegacia. “Ele conseguiu fugir cerca de 10 dias depois, sendo considerado foragido desde então”, diz nota da polícia.

Até então, o que há de concreto sobre a ficha criminal de Lázaro é que, além das mortes em Barra do Mendes, o o assassino matou quatro pessoas de uma mesma família em Ceilândia no último dia 9 de junho e baleou outra pessoas em Goiás três dias depois. Em 2013, quando respondia a um processo por roubo, porte de arma de fogo e estupro, um laudo criminológico apontou que o maníaco tem características de personalidade como "agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade, instabilidade emocional, possibilidade de ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia".

Infância

Lázaro cresceu no povoado de Melancia, a cinco quilômetros do centro da cidade. A região é formada por serras, onde há muitas grutas. Desde pequeno se isolou das pessoas a partir da separação de seus pais.

“Sempre foi uma criança fechada. Não gosta de rir. Não interagia com os meninos. Vivia só com a mãe e não aceitava a separação dos pais. O pai dele foi embora para Goiás quando ele era bem pequeno e isso mexeu com ele na infância”, contou uma moradora de Barra do Mendes que preferiu não se identificar.

À medida que foi se desenvolvendo fisicamente, Lázaro foi se isolando, ao ponto de abandonar a escola na adolescência e se dedicando ao trabalho. “Não era de falar com ninguém. Era sisudo. Só vivia na roça. Pegava todo o trabalho pesado que tivesse. Por ser calado, não reclamava e era tão ágil quanto forte. Quando não estava na enxada, estava caçando com a sua espingarda de soca”, contou a moradora.

Mortes

Logo no início do ano de 2007, Lázaro se apaixonou por uma menina - na época, tinha 19 anos. A moça era uma adolescente – ela teria entre 15 e 17 anos – e não gostava dele. Ela, assim como as outras pessoas, tinha receio de conversar com Lázaro pelo fato de ele ser muito carrancudo. Ele passou a segui-lá em algumas ocasiões, comportamento que deixou a adolescente apavorada.

Uma noite, Lázaro estava caçando com a espingarda quando avisou a jovem. Ela correu ao vê-lo e ele a seguiu. Para se livrar dele, a garota entrou em um sítio pedindo socorro. O dono do local, Carlito, que tinha 40 anos na época, também guardava uma espingarda em casa. Ao escutar o desespero da menina, ele saiu armado. Lázaro, que havia se escondido numa bananeira, atirou sem pestanejar. “Carlito morreu sem saber quem atirou nele”, contou a moradora.

A segunda vítima de Lázaro foi logo em seguida. Vizinho de Carlito, o também trabalhador rural Manoel de Paula, 60, estava em seu sítio e escutou os gritos da moça seguidos de tiros. Ao chegar, deu de cara com o corpo do amigo e saiu em perseguição a Lázaro. No entanto, numa troca de tiros, Manoel acabou também morto. A jovem sobreviveu

Diabo

Após o duplo homicídio, o maníaco correu para a serra, onde conhecia tudo na palma da mão, o que o ajudou a permanecer escondido por quase 15 dias. Na ocasião, havia um comentário de que Lázaro havia feito um pacto com o diabo. “A polícia de todo o canto veio atrás dele, mas não o encontrou. O povo dizia que ele tinha feito um pacto com o diabo e virava toco e por isso não era visto. Isso quem contava era o povo da roça, mas a gente sabe que isso tudo é medo. A região é cheia de gruta e ele aproveitava para se esconder. Ele só se entregou à polícia porque estava com fome e uma hora poderia ser morto”, explica a moradora.

Quando ainda estava escondido na serra, Lázaro usava uma tática para despistar a polícia. Ele usava os chinelos ao contrário, assim produzia pagadas para o sentido contrário que estava indo. “Ele amarrava os pés no lado contrário que as pessoas usam as sandálias, assim fazia uma falsa trilha que levada os policiais para mais distante dele”, relatou.

Crime no DF

200 policiais, seis dias de perseguição e um rastro de sangue pelo caminho. A caçada pelo baiano Lázaro mobiliza a polícia do Distrito Federal após a chacina de uma família em Ceilândia no ultimo dia 9 de junho.

Leia mais: Correio 24 Horas

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